quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Trinta Maneiras de Ser Livre

Geraldo Magela

Ler poesia, muita poesia

Compor poesia a cada momento da vida

Fugir no meio da neblina para uma grande aventura

Viver poeticamente

Ensinar aquilo que não vem nos livros

Sentir prazer em aprender o que não está nos livros

Ser adolescente

Subir nas mesas e nas cadeiras

Desobedecer ordens injustasS

oltar urros barbáricos sobre os telhados - whitmanianos, se possível

Levar um ramo de flores para a namorada

Mesmo corando, ler um poema de amor à namorada

Jogar fora o presente que te desagrada.

Enfrentar o perigo.

Pode ser descendo de bicicleta, a toda velocidade, uma ladeira íngreme

Não acreditar no que dizem

Não acreditar na morte

Enxergar o mundo de novos ângulos

Se pressionado, resistir

Se obrigado a fazer o que não deveria, não ter medo de assumir que errou

Fundar um clube proibido - pode chamar-se Sociedade dos Poetas Mortos

Vencer a timidez e enfrentar o mundo com o peito aberto

Fazer teatro

Tornar os sonhos realidade

Chorar pelo amigo morto

Pintar sobre a pele um símbolo indígena

Passear pela noite com a namorada

Construir o que quiser

Dançar rock

Achar o lado divertido de tudo

Aproveitar o dia.

Cinéticos e Mecânicos

ENERGIA NÃO SE CRIA
ENERGIA SE TRANSFORMA
FORMA HUMANA
EMANA O QUE FOR
DOR OU ALEGRIA
ENERGIA EM CALOR
CALOR DE QUEM TRABALHA
FALHA DA CINESTESIA
ENERGIA DOS ACOSTUMADOS
COITADOS.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

O equilibrio
Um fio fino,Uma brisa sopra,o fio vibra
A mente
Uma galáxia,cometas,estrelas cadentes,meteoros...buraco negro
Ao menor desequilibrio você pode ser sugado...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Cansei
Do ritmo Da musica
Cansei
De mim De você
Tenho sono
Não consigo dormir
Insônia após insônia
O mesmo ritmo, A mesma musica
Eu sou ainda eu
Você?!
continuo sem saber
Cansei
Do dia Da noite
Cansei
De nada poder fazer
A mesma página, O mesmo livro
Feche-o, eu preciso dormir

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O outro lado

Encontre ela, depois que encontrar, atravesse, depois disso veja o que tem de bom, tudo aquilo que te agradar faça, se sentir vontade, coma, descanse e durma, aproveite, desfrute o momento, pode não voltar a acontecer. Não pegue nada que não é seu, apenas olhe, pode tocar, mas com cuidado. Converse e faça novos amigos, pergunte como se vive lá. Aprenda tudo, se te ensinarem, seja humilde e aprenda, se te advertirem, seja humilde a acate. Procure alguém para no ombro se deitar, aconchegado ficar e observar a linda tarde. Não se comprometa com o desconhecido. Depois que cansar, volte... Não esqueça de apagar a luz.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

No Compasso do Stress

Tic Tac
Tum tum
Tic Tac Tac
Tum tum tum
Tic Tac Tic Tac Tac
Tum… Tum… Tumtumtum
Tumtac Tumtac Tumtactac Tumtactac
Tumtactactumtumtumtactactactumtactumtumtmtumtumtac
piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

à Lua Cheia...

Satélite (Manuel Bandeira)
Fim de tarde
No céu plúmbeo
A Lua baça
Paira
Muito cosmograficamente
Satélite.
Desmetaforizada,
Desmitificada,
Despojada do velho segredo de melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
O astro dos loucos e dos enamorados.
Mas tão-somente
Satélite.
Ah Lua deste fim de tarde,
Desmissionária de atribuições românticas,
Sem show para as disponibilidades sentimentais!
Fatigado de mais-valia,
Gosto de ti assim:
Coisa em si,
Satélite.